4º Motivo da Rosa ( Cecília Meireles)

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzidas,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.

sábado, 26 de março de 2011

Amo você

Se a ti eu não amar
A quem amarei?
Ao vento talvez?
Claro que não
Porque eu amo é você
E sempre lhe amarei

Posso ter sido meio tola
De meu amor não lhe mostrar
Mas uma coisa te direi
Eu te amo e sempre lhe amarei
Em versos vou dizer
O quanto sinto por você

Nunca se esqueça
Do que lhe direi
Eu te amo
E nunca te esquecerei!

Anônimo

terça-feira, 22 de março de 2011

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Chico Xavier

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amor, que o gesto humano na alma escreve

Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoidece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.


Luís de Camões